sexta-feira, 26 de março de 2010

FIM DO MUNDO - Autora: Denise Fernandes




FIM DO MUNDO

Denise Fernandes

Deu medo olhar o mundo, com os zóio arregalado.

Vi os home tudo doido, deixando o mundo de lado.

Fechei os zóio um minuto, pensei que sonhava acordado.

Vi cafezal ser queimado, vi os bicho sê caçado, vi a água

toda suja, vi o mundo arrasado.

Passei os zói na cidade, vi os prédio derrubado, vi o povo

passar fome, vi o mundo acabado.

Fechei os zóio de novo e pedi a Deus me ajude?

Ele veio ao meu encontro e me disse admirado.

Por que você está preocupado, se fazendo de coitado?
Todo homem é culpado, pois nunca tomou cuidado.
Dei o mundo arrumado, todo limpo, azulado, terra fértil

mata virgem, água pura e cristalina, dei calor

de um sol brilhante e uma lua cintilante.

Não precisa mão divina, só amor e disciplina, mas minha

ajuda nunca nego, não precisa nem pedir,

mas o homem nada cria, só destrói dia após dia.

Dê uma chance eu lhe disse, meio que desesperado.

E com sua mão brilhante, me tocou chei de cuidado.

Feche os olhos um instante, e não se esqueça jamais,
que a vida tá é no homem e o poder ele é que tem,
pra esse mundo mudar e a humanidade salvar.

Fiquei ali bem parado,

Meio que assim abobado.

E quando abri os meus zóio

Vi o mundo iluminado.

Vi meu cafezal rosado,

Vi os bicho tudo assanhado.

Vi os rio azulado

E o mundo recuperado.

Eu tô aqui só falando,

Ocêis num sabe o purquê.

É que a vida aqui na roça,

É bonita de se vê

E se os homem tomá cuidado,

Não deixar nada perdê,

Nosso mundo com certeza,

Vai podê sobreviver.

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